Bento XVI – terrorista tímido
O Papa Rätzinger, que teve o apoio do Espírito Santo no conclave que o fez papa, o entusiasmo do Opus Dei que temia a despromoção da prelatura e as orações dos beatos para quem um papa qualquer é sempre santo, não teve quem lhe revisse o discurso, o avisasse das consequências e o prevenisse dos seus próprios demónios.
Todos os que não estão toldados pela hóstia ou em estado cataléptico com incenso e orações, sabem que os livros sagrados são manuais de ódio ao serviço das rivalidades étnicas e velhas convulsões tribais, guardados e aproveitados pela clericanalha para uma vida de fausto e ociosidade.
Não há fanatismo maior nem violência mais truculenta do que a que brota dos livros sagrados e dos santos doutores que os interpretam e promovem como bons.
A Irmã Lúcia, tão chegada a JP2, abandonou B16. Surpreende que quem previu o fim da guerra e o tiro na batina do papa polaco, não tenha reparado, nas suas premonições, no tiro no pé do pastor alemão.
Santo Escrivá a quem a ICAR esqueceu o mau feitio, o apoio a Franco e a irascibilidade a troco dos fartos cabedais que o taumaturgo canalizou em vida para o Vaticano, não fez o milagre de desligar o microfone da universidade onde o Papa bolçou o ódio de um imperador cristão à mourama como os mullahs soem fazer com o rancor do pastor de camelos.
Em vez da laicidade que nos salve do belicismo religioso, é o proselitismo que renasce numa espiral de ódio de um tira-teimas sobre qual é o Deus melhor.
Sob o cadáver de um mito, milhões de seres humanos estão em risco de se transformarem precocemente em cadáveres.
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